domingo, 16 de outubro de 2011

Parceria com o blog Recanto dos Autores


Hoje vamos conhecer a Anne Lieri, uma mulher com coração de menina. E, como ontem foi o dia dos professores, comecemos com um texto dedicado a eles publicado em um de seus blogs.

AOS MESTRES COM CARINHO
( Anne Lieri)

A todos os meus colegas professores quero contar uma história!
Eu tinha uns vinte e cinco anos era professora e  orientadora do centro cívico.
Lembram -se quando havia esse cargo?
Era uma espécie de organizadora de festas e eventos da escola.
No dia do professor, juntei os alunos do Centro Cívico e planejamos a maior festa para os professores!
Eles trouxeram doces, salgados e refrigerantes e eu lembro que vendi doces para arrecadar dinheiro e comprar uma rosa para cada colega.
Foi tão emocionante!
Os professores nem desconfiavam que teria alguma comemoração, pois já estavam acostumados que nunca havia nada para eles!
Lembro que coloquei todos os alunos na biblioteca que era bem grande e chamei os mestres!
Gente, eu quis morrer de tanto que eu chorei ao ver a surpresa dos colegas!
E prá matar meus colegas, ouçam a musica que coloquei na hora que eles entraram: é de chorar!
Vale a pena ser professor!
Feliz dia a todos os colegas!

Para ver qual foi esta música, visite seu blog aqui!

Amei o blog Recanto dos Autores, da Anne Lieri, que conheci através da Luconi. Muito legal e um carinhoso divulgador e incentivador dos novos autores. Somos agora parceiros e ela fez uma entrevista comigo fofa!


Confira aqui a entrevista!


Conheça outros blogs de Anne Lieri:


A menina voadora

Selinhos e carinhos 

Asas dos versos e reversos 


Seu livro aqui!


Obrigada Anne Lieri pelo carinho, divulgação e entrevista.
Um beijão no coração!


Francilangela


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Carta aberta ao Governador do Ceará por Ritacy Azevedo Teles


 

Carta aberta ao Governador do Ceará por Ritacy Azevedo Teles

Excelência,
Preciso dizer-lhe publicamente que votei muito mal nas últimas eleições estaduais!
Sou professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação e me dedico à profissão intensamente há vinte anos. Votei em Vossa Excelência por o senhor apoiar a campanha de Dilma Roussef. Há quatro revelações que devo fazer aos professores para que possam me desculpar esse ato falho, embora saiba que muitos deles agiram como eu, pois acreditaram em suas propostas de fazer avançar a educação no Estado. É justo que o senhor as conheça!
1. A primeira é a de que, na verdade, não havia, no Ceará, nenhum candidato dos que disputavam mais veementemente o Governo que fosse convincente, apesar do grande aparato midiático. Dos males, porém, viesse o menor. O senhor pelo menos contribuiu na campanha da Presidenta. O meu prejuízo não foi completo.
2. A segunda confissão é a de que, como o senhor, tentei ser esperta, pois votei em alguém de quem, mesmo não esperando um bom mandato, contribuía para o meu objetivo. Reconheço, contudo, que o senhor me superou no lucro de tudo isso, por ter sabido se apoiar na minha candidata para se eleger.
3. A terceira é a de que não esperava ver colegas escrachados, humilhados, surrados, feridos, ensanguentados, desmaiados, tratados sem o mínimo respeito, como se vítimas dos famosos anos de chumbo da Ditadura Militar, principalmente ocorrendo este fato na Assembleia Legislativa, Casa que deveria defender os interesses da classe em vez de, subservientemente, ceder aos seus caprichos. Felizmente a população já sabe que apenas quatro Deputados votaram contrariamente ao plano de Vossa Excelência. Não será só o senhor a perder no próximo pleito, mas também todos os que, ao contrário dos quatro, "ferraram" os professores (Esta é a expressão: "ferraram", pois não consigo ser educada e suave diante de barbaridades e brutalidades).
4. A quarta e última é a de que nunca me orgulhei tanto de ser professora. Estou feliz por saber que os meus colegas, os meus digníssimos colegas estão enfrentando como heróis seu autoritarismo e por saber que teremos avanços a partir de agora, pois a história dos professores cearenses muda a partir de agora, bem como a sua!
Continuemos, agora apenas entre nós! Não posso perder a oportunidade de satisfazer a uma curiosidade! Preciso perguntar-lhe: se o estudo do professor não tem valor no Ceará, que valor terá o do aluno? Ah, já sei... o senhor manda distribuir computadores a alguns. Quero lembrar que não são bobos. Vão recebê-los, mas não vão compensar as perdas do ano letivo!
Refiro-me à desvalorização da pesquisa e da obtenção de conhecimentos. Os professores, ao se submeterem a cursos como Especializações e Mestrados, desejam adquirir conhecimentos que difundirão para crianças e jovens do nosso Estado. Sei que não devem obter um título apenas nem principalmente para terem algum acréscimo financeiro em seus vencimentos. Seu maior anseio deve ser aprender mais, para ensinar mais e melhor. Esse argumento, porém, não pode dar sustento à desonestidade e à injustiça. O que se deve pagar a mais ao professor especializado, mestre ou doutor por essa conquista e pelos esforços necessários a ela tem que ser justo, e não desrespeitoso. Não deve se assemelhar a uma esmola, como a que o Governo de Vossa Excelência insiste em garantir. É necessário que todos os cearenses, da capital e de todos os outros municípios, saibam que a proposta para essa recompensa é humilhante e que precisaria que fosse decuplicada para corresponder a uma pequena porcentagem do subsidio de Vossa Excelência, que não precisou mostrar diploma nem provar conhecimento algum para governar o Estado. Para ser Governador, basta não ser analfabeto.
Algo mais grave!
Trato ainda de algo mais grave: do seu desrespeito ao professor. Suas infelizes frases, reveladoras do grande desdém que Vossa Excelência não soube esconder em seu discurso, magoaram a todos nós, e não apenas aos colegas da rede estadual. A sua sugestão de que professores devem trabalhar por amor só poderia ser aceita se eles não comessem; se não quisessem garantir às suas famílias pelo menos uma diminuta parcela dos benefícios que o senhor garante à sua e a si mesmo; se não se vestissem, se não precisassem pagar por energia, água, telefone e, o que já é impossível, se não precisassem de livros e de outros recursos para o seu crescimento intelectual.
Não posso deixar de comentar também sobre a sua declaração de que o professor que queira ganhar melhor deve migrar para a escola privada. Vossa Excelência não se preocupa com a evasão dos professores da rede estadual? Isso não seria problema? Outros seriam contratados? Não interessa a permanência dos professores por muito tempo no serviço público, para que projetos tenham continuidade e outros benefícios ocorram? A escola privada realmente se mostra mais justa que a pública para com o professor? Esse pensamento de Vossa Excelência é lastimável!
Por que falo tanto?
Não tenho interesses partidários nem sou membro da oposição. Mas sou uma professora! E mais: sou especialista e mestra. Não gosto de ver meu esforço desvalorizado. Não adentrei o serviço público de educação. Não tive o desprendimento e o heroísmo dos meus digníssimos colegas da educação pública do Estado do Ceará, os quais respeito muito. Não me considero, porém, culpada por não acompanhá-los em tamanho esforço porque, ao contrário de Vossa Excelência, não concordo que eu deva trabalhar só por amor, mas também por dinheiro.
Não digo que a sua visão de que o professor ou qualquer outro profissional deva trabalhar por amor é ingênua, pois ingênua seria eu se assim pensasse. Digo sim que é uma máxima cruel, insensível, revoltante, além de ridícula! Além de respeitar o professor, lamento pelo desdém de que ele é vítima, pelas humilhações a que é submetido. É absurdo um professor precisar destinar-se à Assembleia Legislativa do Ceará para reivindicar desgastantemente um direito garantido por lei que Vossa Excelência insiste em desrespeitar: o direito a um piso salarial de aproximadamente R$ 1100,00.
Um apelo...
Pense melhor, Excelência. Deixe a sensibilidade superar a arrogância e a indiferença pelas necessidades sociais. Seja prudente! O senhor já perdeu por tudo que tem feito!
Um aviso...
Não é só o professor da rede estadual que está insatisfeito, mas também o da rede privada de ensino, bem como outros segmentos. Não há causa sem efeito!
Sem mais,
Ritacy de Azevedo Teles
P.S.: O tratamento respeitoso de "Vossa Excelência" é mera convenção gramatical da qual não consigo me desvencilhar. Não deve entendê-lo literalmente

Blog Escola de Pais Educadores



Hoje fiquei emocionada com uma postagem que li no blog Escola de Pais Educadores. Vejam que lindo:

Ana Raquel disse...
É realmente isso não é certo ter um um lar so para dormitório , porque ter familia é você ter amor um pelo outro ter ateção com seus filhos, conversar ,ter pelo menos uma refeição por dia juntos, se não der para ter todas a 3 refeições juntos . eu não posso dar minha familia como exemplo infelismente porque na minha casa tambem é como o texto diz ninguem tem tempo pra ninguem , ninguem tem refeiços juntos eu ainda não tenho filhos nem marido por que sou muito nova mais tenho minha irmã que estuda aqui no monteiro lobato e eu cuido dela como se fosse minha filha porque na nossa casa todo mundo trabalha e ninguem tem tempo pra ela e pra mim mais eu cuido muito bem dela e sempre vou cuidar da atençao a ela .porque no dia que eu tiver minha familia eu quero que seja todo mundo unido.

sábado, 1 de outubro de 2011

Vida e Obra da Autora e Revisora Márcia Maria Luconi

Vida
Bem sou formada em Ciências Contábeis o que não tem nada a ver com o que faço, nem com o que já fiz, dei aulas da quinta a oitava série de Português e Matemática, Português eu dava as aulas de reforço das turmas. 

Sou casada tenho três filhos e quatro netos.

Tenho 57 anos, nasci em São Paulo, filha de pais maravilhosos, que eram demais, mas o mais importante é que eram gente em todo sentido da palavra. E sempre em suas vidas agiram nos dando exemplos vivos de FÉ e AMOR.



Acima de tudo eu acredito em Deus e no Mestre Jesus, e acredito mesmo que não deveria ter separação religiosa, as doutrinas religiosas para mim são filosofias, idéias, pensamentos de cada um, pois cada um lê a bíblia e sente e vê de uma forma, cada um dentro do seu entendimento que Deus lhe deu. 

Para mim o que vale é a exemplificação do amor, do amor universal, fraterno, aquele que Jesus tanto pregou e o mais importante exemplificou a vida toda. 



Obra

AÇÃO IMPENSADA

 

 


Era apenas uma criança, alegre, bastava que uma música tocasse para se por a dançar, quando havia visitas, não se inibia, a alegria ela espalhava.

Os pais pensavam que no futuro procurariam uma escola de ballet, no momento era tão pequena, talvez em dois ou três anos.

Bom isso tudo ela era até os cinco anos, mas algo aconteceu que fez com que a pequena mudasse toda a sua personalidade, um fato até comum.

Nos últimos tempos, no meio da noite , acordava assustada, aos prantos chamando pela mãe, agarrava-se a ela e na cama do casal ia dormir. Antigamente tudo era considerado manha e ninguém questionou a pequena o porquê de tanto choro.

Bem comentando com amigos, os pais só tiveram uma resposta: - Manha se trata com umas boas palmadas, se a situação não mais acontecesse estava confirmado o diagnóstico.

Os pais relutavam em tomar a medida, quem sabe não passasse sozinho, afinal ela nunca dera grandes problemas, haveria de passar.

Uma noite o pai chegara em casa bastante nervoso, o dia no trabalho havia sido péssimo, a cabeça latejava, a pequena mais uma vez acordou a mãe aos prantos e mais uma vez foi levada para a cama do casal, o pai que dormia muito mal, pediu à esposa que trocasse de cama com a filha, assim repousaria melhor.

Só que a menina agarrada com a mãe, quando percebeu a sua ausência, começou a chorar e pedir pela mãe. Era o que faltava para o copo transbordar, o pai não pensou, agiu, pegou bruscamente a menina, jogou-a em sua cama e sob os protestos da mãe, aplicou-lhe um corretivo, bem pouco parecido com palmadas no bumbum, estava descontrolado, foi uma surra e tanto, abalado emocionalmente com seus problemas anteriores, descarregou na pobre toda a sua ira.

Bem a pequena cresceu e passou muitas noites de pavor, o que a apavorava em visões de gente que ela nunca tinha visto, sem contar os sonhos onde aquelas pessoas queriam pegá-la, nunca mais chorou ou pediu socorro, nunca falou o que a amedrontava, mas também não se lembrava daquela noite, a lembrança da surra havia sido varrida de sua memória, não pedia ajuda porque dentro dela algo dizia que era melhor ficar quieta, nunca ouviu nenhuma referência dos pais a tão malfadada noite.

A sua personalidade mudara, a menina alegre morrera, cresceu quieta, pelos cantos da casa, não procurava a companhia de ninguém nem dos irmãos, não tinha amigas, mas era excelente aluna, nunca mais a viram dançar e aos poucos se acostumaram com a menina triste, obediente sempre foi, mas tornou-se explosiva, não conseguia expor seus pensamentos, suas idéias sem se alterar, e enquanto todos abaixavam a cabeça quando o pai dava uma ordem, ela para o desespero da mãe o enfrentava, bastava achar que a ordem era injusta, sem procedência.

Ela e o pai tornaram-se os melhores amigos, como jamais visto, ele adivinhava os seus pensamentos e ela os dele, o que realmente atrapalhava era as suas explosões, na maioria das vezes muito justas, mas que a faziam perder a razão, magoava as pessoas e não conseguia se expor de forma a protestar ajudando e não ferindo.

Por isto, um dia desabafou com sua madrinha, e esta sem rodeios lhe disse que nem sempre fora assim, contou-lhe sobre o seu jeito alegre de ser e explicou-lhe a terrível surra que levara, as conseqüências de tal surra logo foram vistas, no dia seguinte amanhecera com quarenta graus de febre, seus pais correram para o médico, que sem dúvida nenhuma diagnosticou o trauma sofrido, alguns dias demorou a febre ceder, mas a espontaneidade, a alegria nunca mais voltou.

Seus pais cogitaram em levá-la a um psiquiatra, mas logo rejeitaram a idéia, na época este era médico de loucos, então esperaram que o tempo curasse.

A menina, agora já uma moça, espantou-se pelo fato de não se lembrar de nada daquela noite, o que se lembrava era apenas das visões que tanto a amedrontaram, por tanto tempo.

Por amar demais os seus pais nunca tocou no assunto com eles, entendera que fora um momento de nervoso.

Tocou sua vida, quando nos conhecemos já tinha filhos adultos, sempre enfrentou sérios problemas em se relacionar em qualquer ambiente, expor suas idéias no trabalho jamais, a duras penas e muita fé aprendeu a controlar as explosões, não conseguiu ter auto-estima e nem confiança em si mesma, sempre enfrentou sérios problemas conjugais e sua vida profissional segundo ela tornou-se medíocre.

Após o desabafo me disse: “Não sei quem realmente sou, sempre tenho a impressão que essa não sou eu e não sei se realmente esta é a vida que eu deveria ter levado”

Com um ato impensado, o pai havia sem querer transformado toda a sua vida.
Este e outros textos de Luconi podem ser lidos em sua página do Recanto dos Autores. Acessem:

http://www.recantodasletras.com.br/autores/mmluconi

http://www.avspe.eti.br/poetas2010/MarciaMariaLuconi.htm 



Luconi também é uma maravilhosa seguidora dos blogs. Seus comentários são de encher os olhos de lágrimas e o espírito de alma. Muito participativa e incentivadora. Também escreve em seus quatro blogs. Não deixe de visitá-los.



Um pouco da palavra de Deus